terça-feira, 28 de agosto de 2012

Negociações ou quem não arrisca, não petisca

Em conversa com uma amiga apercebi-me que passo a vida em negociações com os meus filhos. E não os levo muito a sério. Se as minhas negociações com as minhas crias fossem em versão braço de ferro, eu passava a vida a ganhar com o Francisco, quase só com um dedo mindinho… já com a Benedita o caso muda de figura, ela dá mais luta mas… eu sou mais teimosa. Vamos ser mais gráficos:
Quando o Francisco está do contra com qualquer coisa, por exemplo, está mais pastelão a comer ou não se está a portar muito bem, eu “aceno-lhe” com um iogurte líquido básico de morango ou uma gelatina (como se fossem coisas espectaculares) … e esta negociação faz milagres. Outras vezes tenho um ataque de generosidade e aceno com bolachas de chocolate, e a cara dele é quase como se tivesse ganho o Euromilhões, um sorriso de orelha a orelha, os olhos iluminam-se…
O truque é fazer acreditar aos nossos filhos que levaram a melhor, que o que acabámos de oferecer é simplesmente fabuloso!
Já a Benedita não vai na conversa assim tão fácil… quando comecei o desmame, a dar-lhe biberon, ela recusou o leite hipoalergénico, dei-lhe um leite mais doce, também não chegava, mudei a tetina do biberon, também não chegava, aqueci o leite, também não chegava, e por fim introduzi uma colherzinha de papa própria para biberon. E o leite desapareceu num ápice!
E agora que já lhe fiz a vontade, fui reduzindo a papa até desaparecer… e sua excelência lá bebe o biberon quase todo.
A minha filha gosta de negociar mas eu gosto mais! Só me lembro de uma vez, numa feira no norte, estar a negociar o preço com um cigano, e ele às tantas disse-me: “Você quer ser mais cigana que eu…”.
As minhas tácticas de negociação enquanto compradora:
 1 Não mostro qualquer interesse no produto (apesar de estar cheia de vontade de comprar).
2 O preço é SEMPRE muito caro.
3 A minha oferta começa sempre por baixo. Muito por baixo MESMO.
4 Faço pesquisa para saber se o mesmo produto tem preço fixo em todo o lado, e tiro “a pinta” aos vendedores, para ver se algum deles é mais flexível ou não.
5 No momento da negociação, se necessário, simulo que me vou embora. E às vezes vou mesmo. Às vezes volto, outras nem por isso.
E agora que estou para aqui a escrever isto apercebo-me que sou mais observadora do que pensava.
Ah! E é preciso ter MUITA lata.
Estas tácticas que vos acabei de ensinar servem para qualquer coisa na vida. Divirtam-se!

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Sabemos que estamos a falar para o boneco quando…

… o nosso pai nos responde: “sim, põe na caixa do correio”.
Em resposta a: “Pai passo por vossa casa na hora de almoço e deixo lá a Benedita”.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Avionetas

E volta não volta, lá aparecerem notícias de mais uma avioneta que caiu.
E a conversa é sempre a mesma: o piloto era super, ultra, muito experiente (melhor impossível), e a avioneta estava em perfeitas condições, mais ainda, tinha acabado de sair da inspecção (melhor impossível).
Se não foi erro humano, se não foi problema técnico… só me resta acreditar que anda ai muita rabanada de vento…

Serviço despertar

Esta semana o Francisco decidiu acordar-me às 7 da manhã (!) para que lhe prendesse o atrelado ao jeep.
Não, não é nenhuma metáfora é mesmo isto, apareceu-me à beira da cama com o atrelado numa mão e o jeep na outra, e fez-me este pedido importantíssimo!

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Adenda ao post anterior

Comecei a ficar mal deste dente poucos dias antes de saber que estava grávida da Benedita.
Quase que podia escrever aquele tipo de frases pomposas que as marcas gostam de ter " a mastigar do lado esquerdo da boca desde 2011".

Cada um tem o que merece

E porque ainda estou a amamentar (é a história da minha vida) fui ao dentista e arranjei (não confundir com arranquei!) um dente do ciso SEM anestesia. Foi um início de tarde bem passado…
No momento de aflição (eu bem digo que é mais fácil ter um filho com epidural) nem me deu para aquelas promessas descabidas de que nunca mais vou comer doces na vida. Sei que lá em cima, no guichet do céu, já conhecem a minha lenga-lenga de trás para a frente, e tem com certeza pedidos mais interessantes para atender.
No próprio dia, antes de ir para casa, já estava no supermercado a comprar um piqueno chocolate.

domingo, 19 de agosto de 2012

Dia Mundial da Fotografia

É hoje malta!
Façam um esforço (ou não) e tirem uma fotografia a qualquer coisa: aos filhos, a um pastel de bacalhau, à sogra, ao vizinho, ao cão, ao mar, aos pés… a qualquer coisa. Vale tudo! Só não vale é tirar olhos.

Nota: A viúva de Cartier-Bresson morreu na sexta-feira. Caramba! Tinha esperado mais dois dias e tinha feito um brilharete…


Nota: Foto das nossas bebidas-tipo na esplanada

sábado, 18 de agosto de 2012

Um dia a casa vai abaixo

Numa noite, na sala, com a família do F. toda a assistir, puxei o cortinado e caiu-me um dos lados do reposteiro em cima, não estava à espera, fiquei petrificada com aquilo em cima. Segundos depois caiu a outra parte. Tudo a rir.
No dia seguinte fui tirar as toalhas de praia do estendal, quando comecei a puxar uma das toalhas caiu-me em cima o ferro que segura (ava) as cordas da roupa. Contei ao F. e pedi-lhe para dizer que tinha sido ele. Resposta pronta: “ Nem pensar, senão, não vai ter metade da graça”.
E nos dias seguintes já andava com medo de tocar no que quer que fosse na casa de férias da família do F.
No regresso de férias contei estes episódios à minha mãe que se riu à gargalhada (ao ponto de ficar aflita da garganta).
A sério, não se preocupem, eu estou bem…

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Independência

Em Tróia, numa noite que fomos tomar café,  o Francisco do alto dos seus 2 anos e meio, em poucos minutos já estava a fazer charme a uma miúda de 5 (a Maria de Braga), e de repente olhei e já estavam de mão dada! Não se incomodem com a sogra… a sério… E ela apertou-lhe as bochechas (tenho foto do momento). Passaram o resto da noite a correr um atrás do outro.

Em Viana do Castelo também engatou umas quantas miúdas (sempre mais velhas, que as mais novas são muito infantis) mas o momento marcante da nossa estadia do norte, foi quando decidiu sair do jardim da nossa casa para a rua, sem dizer nada a ninguém. O F. reparou que a porta do jardim estava aberta e pediu-me para ir fechá-la (não fosse algum cão fugir). Por acaso fui logo, e por acaso vejo o meu filho todo lançado no passeio… perguntei-lhe onde é que pensava que ia. Respondeu: “Quero ir para a praia”. Mai nada! Directo para o castigo sem passar pela casa de partida!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Qual reputação?

Não sei muito bem porquê o afilhado achava que eu e o F. acordávamos mais cedo aos domingos propositadamente (!!!) para ver aquela série “espectacular” que dá na TVI, o “ Inspector Max”.
E não só achava isto como decidiu partilhar com os amigos! E descobri isto nestas férias grandes…

Anda uma pessoa a trabalhar uma reputação anos e anos… e em segundos vai tudo por água abaixo…

O afilhado teve esta ideia peregrina porque o seu padrinho, o F., gosta de ver esta série policial enquanto toma o pequeno-almoço (daí a acordar mais cedo para a ver, vai uma pequena diferença), eu detesto esta série. É má demais. Deus me livre!

Para quem não conhece, é uma espécie de “Marés Vivas” mas sem água e sem gaijas boas.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Presente vintage

A tia-avó do Porto, dos meus filhos, é uma pessoa muito especial, muito querida por todos, e tudo o que faz, marca.
Durante as férias no norte, fez-nos uma visita e trouxe vários presentes para a criançada. O melhor de todos veio numa caixa de cartão, tosca, que nem estava embrulhada. O Francisco abriu o presente e ficou maravilhado… muitos carrinhos de ferro para brincar. E o que é que estes carrinhos tinham de especial? Tinham sido do avô quando teve a idade do Francisco (esta tia-avó gosta de guardar tudo!) . O meu filho ficou tão encantado que não os largou mais, teve que dormir a sesta com os carrinhos TODOS na cama, teve que levar um para a praia e no caminho estrear os muros das casas com as rodas do seu novo “bólide”: uma carrinha da Nasa, aka “Carro das natas”.

Nota: as mãozinhas que aparecem na foto são do Francisco, que esteve a controlar a sessão fotográfica.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

O amiguinho de estalo

O afilhado levou um amiguinho para a casa de férias da família, o miúdo caiu de pára-quedas numa família grande e completamente tresloucada (no bom sentido), e mal abriu a boca. À mesa onde não tinha para onde fugir… esboçava uns sorrisos e pouco mais. E eu já cheia de pena a achar que era muito tímido. Nos dois últimos dias quando começou a abrir a boca… foi o descalabro total.

O dito amiguinho era um perfeito parvalhão (estou a ser simpática) do alto dos seus 18/ 19 anos acha-se uma enciclopédia. Ele sabe tudo. Uma das muitas situações patéticas foi quando disse que os Silence 4 eram uma das suas bandas favoritas quando estavam na berra…  a questão é que quando os Silence 4 estavam na berra ele tinha 6 anos!


Na Tv estão a dar os jogos olímpicos e o amiguinho levanta-se porque está a tocar o hino de um país qualquer. A mana do F. faz uma piadola (a achar que era uma coincidência, já que o miúdo continuava a ler uma revista) mas não…  ele (com um ar muito sério e adulto) disse que se levanta sempre que ouve um hino. Esteja onde estiver. A sério?

Férias

Foram três semanas em família que passaram a correr. Seguem-se vários posts de algumas coisas que aconteceram… Sem rei nem rock, escreverei posts sem qualquer ordem lógica, do que me lembrar...

Sono, onde estás tu?

Sempre tive a sorte de dormir lindamente, assim que me deitava adormecia ferrada e só acordava no dia seguinte. Até que chegou a pandemia......