quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Só passo vergonhas

Nos últimos meses na minha família andamos mais ou menos assim: o meu pai na sala de operações, eu a fazer exames médicos, o Francisco a ir ao médico.

Nesta segunda-feira fui fazer mais um exame médico. E antes de entrar para a sala onde a médica me iria atender, dei por mim numa sala de espera, não na principal, mas na secundária, só com uma batinha vestida (nada por baixo), um roupão, uns chinelos de tecido, e eu lá dentro.
Tentei dar um ar normal à situação, já que todas as outras pessoas estavam vestidas "à civil". Li uma revista, mandei sms. Só faltou cruzar a perna. Mas achei por bem evitar. Sharon Stone há só uma.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A felicidade suprema de ver um semáforo

Podia ser uma piada, um título codificado, uma metaforeca. Não. É mesmo isto. Depois da 4ª operação que o meu pai fez aos olhos, a última foi na semana passada, o meu pai teve a felicidade suprema de conseguir ver um semáforo bastante definido, distinguir as três luzes e as três cores (o que não conseguia há muito tempo). Não imaginam a alegria do meu pai a contar isto...
Tudo a fazer figas!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Porque é que este blog se chama “Conta-me uma história”?


Muito simples, porque era das coisas que mais gostava de fazer com os meus pais quando era pequenina, ouvi-los contar-me histórias antes de deitar. Era raro o ritual de ler a história de um livro, os meus pais inventavam na hora. A minha mãe tinha a tendência para contar histórias com bichos (será que é por isso que gosto tanto de ver o National Geographic?) que eram sempre muito amigos uns dos outros e, o meu pai era mais histórias com pessoas que só faziam macacadas… E se com a minha mãe caía (caíamos) redonda na cama, com o meu pai acabava a noite à gargalhada.

Cá por casa não há o ritual de contar uma história antes de dormir, porque quase sempre o Francisco adormece assim que chega à cama, as histórias aqui contam-se de dia. E tanto contamos histórias dos livros, como eu as invento na hora, porque o meu filho aponta para qualquer coisa (qualquer coisa, mesmo) e diz: “Mãe conta a história disto”. E lá começo eu a inventar a história de um par de sapatos que tinha duas grandes amigas chamadas meias… que se fartavam de fazer caminhadas… and so on and so on…

domingo, 17 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Juízo procura-se!


Uma miúda com 9 anos, no México, engravida. Uma mulher com 70 anos, na Índia, decide ser mãe pela primeira vez.
Claramente a minha noção de “cada coisa NO seu tempo” está completamente desfasada da realidade. A cada dia que passa estou cada vez mais retrógrada.

Eu só imagino a miúda a chegar a casa e a dizer que está grávida…
Eu só imagino a avó chegar a casa e dizer que deu-lhe para ser mãe a uma hora destas…

É que nas duas situações não serão as próprias a tomar conta dos filhos, a primeira, nos primeiros tempos, a segunda o resto da vida.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O bebé que fica doido...



Nota: Confesso que não acho muita piada a vídeos com bebés, e cãezinhos e coisas que tais mas este tem muita piada.


domingo, 10 de fevereiro de 2013

Laivos de sogra


Há poucos dias passei na rua por uma miúda oxigenada, e com uma roupa que parecia que ia para o Intendente trabalhar, e o que é que eu pensei?

 “Ai criatura, com tanta carne à mostra podias estar pendurada num talho” ou “Esta mania que as mulheres têm de usar dois tamanhos abaixo do que deviam, não se percebe”.

Não, nada disso, o primeiro e único pensamento que tive foi:

“Se o Francisco me aparece com uma destas em casa tenho um ataque cardíaco!”.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Ser mãe de 2 é…


…cortar as unhas ao Francisco e à Benedita e achar que também já arranjei as minhas.

…dar de comer ao mais velho e à mais nova e esquecer-me de almoçar.

Se tivesse 4 filhos não sei o que seria, se calhar dois comiam e os outros dois andavam com as unhas cortadas e eu ficava perdida no meio de todo este caos.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Mudei para a Íris


E pronto, podia ser só isso mas não… Assim que abri a porta de casa ao senhor da Zon que ia instalar uma nova Box, adivinhem qual foi a primeirinha coisa que ele disse? Que me conhecia de algum lado (e novidades?).

Mas desta vez conhecia mesmo. Tínhamos andado na mesma escola, conhecíamo-nos de vista e pouco mais. Ele era dos mais velhos. E de repente vi-me enrodilhada no meio de nomes de pessoas que não fazia ideia quem eram: Lembras-te da Susana? (Eu: Não…) e do Pedro? (Não…) e do Carapau? (Não…) Pois, morreu. Morte súbita. E a lista continuava… Tive que reforçar a ideia que tinha boa memória visual, mas assim pelos nomes não ia lá…

Depois contou-me a história da vida, e pelo meio ia-me ensinando as funcionalidades da nova Box.
Disse que andava a tentar há anos ter filhos com a mulher e que não estava a conseguir, e eu ali com dois filhos na sala… já estava a ficar com vontade de os esconder debaixo do tapete, e que todos os amigos dele tinham filhos, menos ele.

Acabei a visita a dar conselhos ao senhor da Zon. 

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Uma história inacreditável (mas muito real)


Imaginem isto… uma rapariga estava em casa e começou a sentir-se mal, pareciam dores de menstruação, mas mais fortes. Tomou um ben-u-rou, e a dor não só não passou como começou a aumentar. No fim das contas acabou por tomar 3 ben-u-rons. De repente começou a ter uma hemorragia. Foi para o hospital.

O médico que a viu informou-a: você está em trabalho de parto, daqui a meia-hora deverá ter o seu bebé nos braços.

Pequeno pormenor, a rapariga de 21 anos não sabia que estava grávida, nunca deixou de tomar a pilula, teve sempre menstruação, e nunca teve barriga. Estão a imaginar o choque?

E assim de um momento para o outro uma trabalhadora-estudante entra no hospital com uma hemorragia e sai com um bebé debaixo do braço.

Nasceu há dias uma bebé de 33 semanas, chama-se Mariana e é uma miúda cheia de saúde. Está fantástica.

Não houve cá folifer, folicil, ecografias, análises, listas de nomes para o bebé, cursos pré-parto, malinhas do bebé e da mãe, o carro com o tanque cheio e por ai fora. Nada de nada.

Os pais da rapariga de 21 anos que foram para o hospital, e estavam na sala de espera a magicar que doença é que a filha deles poderia ter, receberam a notícia do médico mais ou menos assim: “Tenham calma, é só para vos informar que daqui a meia-hora vão ser avós”.

Esta é sem dúvida umas das histórias mais giras deste blog!

Sono, onde estás tu?

Sempre tive a sorte de dormir lindamente, assim que me deitava adormecia ferrada e só acordava no dia seguinte. Até que chegou a pandemia......