No psicólogo - Ler nas entrelinhas das entrelinhas

Uma das muitas coisas que partilhei com a minha psicóloga é que não choro à frente dos meus filhos.

Disse simplesmente esta frase sem qualquer intenção "escondida" era mesmo isto, e a psicóloga leu nas entrelinhas das entrelinhas, e acertou.

Estas consultas vão ser uma animação.

Dou por mim a pensar em coisas da minha vida que já estavam arrumadas, catalogadas e arquivadas na minha cabeça e que se calhar vale a pena "voltar a mexer" e começar a fazer as coisas de outra maneira.

Confesso que não gosto de chorar, acho uma perda de tempo, e quando acontece, normalmente faço-o no carro quando estou em movimento, a caminho de algum lugar. Para poder aproveitar o tempo ao máximo. Ahahahah... é para verem um quão avariada sou da cabeça. Sou uma pessoa prática, até a chorar.

Ou como diz a minha psicóloga, sou uma pessoa de acção!

Ir ao psicólogo pela primeira vez

Decidi finalmente ir ao psicólogo. E foi a melhor decisão que tomei.

Achei que ia ser estranho falar da minha vida com um perfeito estranho mas essa questão desapareceu nos primeiros 5 minutos de conversa.

Já tive duas consultas e contei à minha psicóloga coisas que uma ou duas pessoas sabem da minha vida. E é estranho mas fácil ao mesmo tempo. E se é para falar, é para contar tudo.

Custa verbalizar coisas que sentimos porque desta forma elas passam mesmo a existir mas se a pessoa que está do outro lado está a perceber o que estamos realmente a dizer e ainda nos consegue ajudar, isso é mágico.

A adorar e a recomendar!

Agora percebo porque é que os americanos passam a vida no psicólogo.

E a pensar mais uma vez... porque é que não fiz isto mais cedo!