Coisas que me mexem com os nervos...

Andar de meias pela casa e pisar água na casa de banho. Pisar legos também me deixa nervosa mas principalmente porque significa desarrumação.

Fazer trocas nas lojas, Neste momento tenho roupa que comprei na zippy e na Zara (que comprei para a Beni) para devolver. Ainda não ganhei coragem.

Chicos-espertos que passam à frente na fila ou que se colam às minhas costas na fila (como se a fila fosse andar mais depressa). Agora com o COVID a segunda parte desta conversa já não acontece.

Promoções de M#$%& que só podes usufruir no dias X,Y e Z, só se for entre as 15h01 e as 15h03 minutos, depois disso expira tudo. E inspiro eu. Promoções em talão vão directamente para o lixo.

E vocês o que é que vos deixa com os nervos em franja?

Ir às compras com crianças...

é um inferno, já se sabe. Não estou a dar novidade nenhuma.

Já cheguei a um ponto em que mal me chateio ou abro a boca para dizer o que quer que seja aos meus filhos, quando estamos numa loja. Controlo com o olhar mas em silêncio.

Este fim de semana tive que ir comprar roupa para os meus filhos, com os meus filhos e com a ajuda preciosa da minha mãe.

O piso infantil do Corte Inglès ficou com os manequins todos a fazer o "dedo da asneira" e ainda houve um manequim que teve o bónus de ficar com umas cuecas enfiadas na cabeça.

Uma vez, já a desesperar disse à Beni "se estragares o manequim eu vou ter que pagar, e ficarás 3 anos sem presentes de Natal, para poder cobrir o custo". Resposta do outro lado: "Mas podemos levar o manequim para casa?". É isto a minha vida.

Os meus filhos sempre foram grandes, desde a barriga e portanto cada vez mais é rara a vez que acerto nos tamanhos quando compro qualquer tipo de roupa sem eles. É sempre um tiro ao lado. Comprar online ou sem eles presentes é para passar a vida a trocar tudo.

Só para perceberem a ideia, a Benedita tem 8 anos e veste tamanho 11/12 anos de calças, por exemplo.

Enfim, foi uma manhã bem passada (estou a ser irónica) e conseguimos tratar de tudo. Ufa!

Teletrabalho

Sempre soube que este tipo de trabalho não era para mim. Preciso de sair de casa, ver pessoas, falar com os meus colegas de trabalho. E tenho um ambiente de trabalho espetacular.

E desde Março que estou a trabalhar a partir de casa, porque faço parte do grupo de risco. Não vou ao meu local de trabalho há quase 8 meses. O que me está a afectar... e muito.

Já não ando a dormir, há dias que estou muito bem e outros no extremo oposto. Não estou a saber lidar com esta situação e não vejo fim à vista...

As únicas vantagens é que poupo gasolina, vou buscar os meus filhos à escola todos os dias, não perco tempo em deslocações e consigo ter aulas com a minha PT logo de manhã, em pleno Estádio Nacional. E tudo isto é um luxo mas obviamente tem um custo!

Sei que não estou a ir para nova quando...

Gosto cada vez mais de ver os filmes do Hollywood e tenho dificuldade em encontrar filmes que prestem noutros canais.

Quando vejo uma miúda de 14/16 anos (é cada vez mais complicado adivinhar) de soutien no meio da rua, peço desculpa bralette, e não consigo parar de olhar, em estado de choque, tipo velhota de 80 anos.

Quando uma amiga, num jantar, decide falar na menopausa e em baby botox e algumas coisas começam a fazer sentido.

Bom vou só ali fazer a minha aula de ginástica matinal para lutar contra a gravidade.

Feliz Terça-feira!

"Sabedoria" das crianças de 8 anos

 A Beni informou-me que esteve a falar com as suas amigas e que chegaram à conclusão que os casais que estão só juntos, que não são casados à séria, separam-se mais facilmente.

Ao que respondi com um exemplo muito próximo de uma Tia que era casada e já não é, e nós ainda por cá andamos...

Não sei se hoje já tinha dito que faz uma tremenda confusão à minha filha eu e o pai não sermos casados. E estar a estudar num colégio católico também não ajuda.

O Nico quando era mais pequenino perguntou-me como é que tinha sido possível nascer se os pais não eram casados. A minha resposta foi, para um filho nascer basta duas pessoas gostarem muito uma da outra. A minha resposta foi suficiente.

O cliché do "comprador-tipo"

 Tive mais de 20 visitas à minha casa, e quase sempre via os potenciais compradores. Às vezes quando estava a regressar a casa ainda os apanhava a comentar a minha propriedade.

Ora tive um jovem e a respectiva namorada a visitar a minha casa esta quarta-feira. De acordo com a agente, entraram mudos e saíram calados e, tinham um ar desleixado. Não fizeram nenhuma pergunta, viram a casa num ápice. 

Pensámos que foi uma perda de tempo... na mesma noite contactaram a agente e disseram que iam fazer uma proposta no dia seguinte. Marcaram 2ª visita no dia seguinte, agora acompanhado com o pai dele.

Fizeram a proposta. Nós fizemos a nossa. E eles disseram que sim.

Segunda-feira vamos assinar o contrato promessa compra e venda.

E assim, num piscar de olhos está quase-feito!

Nota: Tivemos um casal que demorou 45 minutos a ver a nossa casa, andavam de lanterna a apontar para as paredes para ver se tinha defeitos, humidades... já conhecem melhor a minha casa que eu, e depois nem uma proposta fizeram. Nunca se sabe mesmo... os clichés falham mesmo tantas vezes...

Comentários dos estranhos sobre a minha casa

 A nossa casa continua à venda e as visitas também continuam. Estou farta de visitas e de ter que arrumar tudo a toda a hora.

Partilho aqui alguns dos comentários dos estranhos sobre a minha casa:

"Ai este quarto [dos meus filhos] está cheio de coisas". Que de facto está, mas quando vender a casa eu levo o recheio...

"Estou a ver que o Francisco faz anos no mesmo dia que eu [a dizer isto a olhar para um quadro que tem a data de nascimento do meu filho] e eu que achava que era a única pessoa que fazia anos no dia 29 de Outubro...". Minha amiga, nesta família (até ver) somos três a fazer anos nesse dia.

Houve uma senhora que achou muita graça aos rabiscos da Beni na parede. Como assim?

Está sózinha neste tema...

O grupo de whatsup da família do marido...

 ... era um verdadeiro castigo!

Eu gosto mesmo muito da família do Filipe mas já não estava a aguentar tantos whatsups por dia. Um verdadeiro castigo. Imaginem um grupo com 99 pessoas. Não imaginam.

Todos os dias alguém fazia anos (e de repente 50 mensagens a dar os Parabéns), era o aniversário da morte de alguém (50 mensagens de pesar), alguém ficava doente.... e já sabem o que vem a seguir. Depois havias uns tios mais activos/intensos que diziam quase todos os dias "Bom dia" no grupo e "até amanhã" ao fim do dia. Muitos memes, vídeos, fotografias. Também partilhavam orações só porque sim.

Era surreal. Há muito que tinha desligado as notificações mas um dia fartei-me e saí do grupo. 

O Filipe não gostou (mas paciência). Um primo ligou à minha cunhada a achar que eu e o Filipe nos tinhamos separado (!) e outro primo enviou-me uma mensagem bem irónica a perguntar porque tinha saído do grupo, que era tão divertido...

Não imaginam o peso que me saiu de cima. Só não digo que este grupo era um inferno, porque a família do marido é muito católica.

Abençoada saída.