quinta-feira, 30 de abril de 2020

Aulas online - várias considerações

Os meus dois filhos andam num colégio e por essa razão ambos têm aulas online com os respectivos professores. Várias considerações sobre o tema:

Cada professor sua sentença. Isto é a maior confusão... os professores não percebem como funciona o Teams, o Zoom e tudo o que é tecnológico. Cada professor (e não estou a gozar) pede para enviar os TPCs de uma maneira diferente, uns por email, uns pelo chat, uns pelo Teams (em diferentes pastas). Agora eu e o Filipe estamos a dividir isto mas quando ele for trabalhar em Maio e eu ficar sozinha com os dois... não sei mesmo o que vou fazer à minha vida...

Os pais estão a passar-se, uns mais que outros, numa aula online, uma mãe "entrou por uma aula adentro" e deu literalmente uma descasca a uma professora quando esta decidiu pedir para fazer um vídeo e sei lá mais o quê...

As crianças também se estão a passar, numa aula, um colega da Beni começou a chorar porque não estava a conseguir acompanhar a aula...

Gosto que tenham aulas online, sempre os dias ficam mais estruturados mas de meia em meia hora tenho que andar a pôr os miúdos em aulas diferentes...

Enquanto estou a trabalhar dá para ouvir as aulas... e há professoras bem tramadas (lixadas, mesmo) enquanto outras adoptam outra postura e conseguem manter a aula na ordem.

As asneiras continuam a acontecer... mas agora versão online. Tiram o som do microfone da professora, fingem que não estão a ouvir, pedem para ir à casa de banho, não põem a câmara a funcionar, põe-se a escrever no chat... às vezes oiço os miúdos a levar cada raspanete que até tremo!
Há coisas que nunca mudam.

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Balanço desta quarentena - dia 50 mil

Tenho vontade de aspirar a casa todos os dias. Estou a controlar-me porque se não, não faço outra coisa.Vou sugerir cá em casa raparmos todos a cabeça e abolirmos o pão, os bolos e as bolachas... ou qualquer coisa que faça migalhas.

Estou a começar a desanimar com a ginástica. Relembro que desde Fevereiro que ia ao ginásio de segunda a sexta. Continuo a fazer ginástica de segunda a sexta mas agora em casa. Com filhos a passar durante a minha aula, marido a tomar o pequeno-almoço, no sofá, atrás mim. Aquele momento que deveria ser só meu... é nosso. Aulas de aeróbica ainda passa, agora yoga é de ficar maluca. Eu preciso de silêncio e é coisa que não tenho. E no meio deste desânimo todo decidi que também vou fazer aulas à tarde, de segunda a sexta, mas fechada no quarto deles, quando todas as aulas e tpcs acabaram. Sim, estou bipolar. Estou desanimada mas vou passar a fazer o dobro das aulas...

Não aguento muito mais isto (isto é o que sinto hoje, amanhã logo se vê).

Todos os dias acordo cheia de sono porque me deito tarde todos os dias. Vou para a cama entre a meia-noite e a meia-noite e meia. E no dia a seguir estou a acordar às 8 da manhã. Digo todos os dias que me vou deitar mais cedo... mas ainda não aconteceu.

Estive com uma amiga à distância fomos dar uma volta a um jardim, estive por acaso com uns primos à distância, eles todos dentro do carro e eu cá fora. Esta maneira de socializar está a ficar confusa!

Passo a vida no supermercado ou na mercearia, o pânico já passou, já que não vejo as minhas pessoas vejo as dos outros.

Hoje vou experimentar uma aula com uma PT. Não estou a ver resultados como pretendia, se isto não vai a bem, vai a mal. Já tinha tido uma PT há alguns anos e os resultados foram muito visíveis. Funciona mesmo. Se gostar das aulas vou ter duas vezes por semana!

Esta semana tenho um afilhado a fazer anos (o Vasquinho), uma sobrinha (a Isabel) e uma grande amiga (Anica). Irei fazer as minhas visitas à distância. A vida de facto continua mas não como eu tinha imaginado...




terça-feira, 28 de abril de 2020

Filme para ver no fim de semana

Este é da pesada. Estamos o filme todo em tensão, em stress, é impossível ver este filme relaxado no sofá. Não dá. Eu estive o filme todo "ai não acredito que ele vai fazer isto", "onde é que ela pensa que vai?" "mas está tudo doido?"

"Hotel Mumbai" retrata a história real de um grupo islâmico que em 2008 executou 12 ataques pela Índia, principalmente em Mumbai. Um destes ataques terroristas foi no famoso hotel Taj Mahal, e boa parte dos empregados decide ficar no hotel para proteger os hóspedes. Várias histórias paralelas se desenrrolam neste filme mas a mais angustiante é a de um casal que tenta salvar o filho recém-nascido.

Como é que será que os sobreviventes vêem este filme? Será que conseguem sequer ver?



segunda-feira, 27 de abril de 2020

Irmãos que são água e azeite

Há aquela ideia preconcebida que só porque duas crianças partilham a mesma mãe e o mesmo pai deviam ser quase gémeos, ou pelo menos ter vários traços de personalidade em comum. Os meus filhos não podiam ser mais diferentes, em tudo. Para o bem e para o mal.

Aqui vai um exemplo:

Francisco (10 anos): "Mãe posso comer um bocadinho do meu ovo da Páscoa?"

Benedita (8 anos): "Mãe vou comer o meu ovo da Páscoa!". Isto se não o comeu já todo às escondidas e vou dar com a embalagem vazia.

O meu filho durante esta quarentena, e de sua autoria, faz-me a cama, como um mimo. E passo a citar: "Porque a mãe trabalha muito".

A Benedita se lhe der para fazer a minha cama ou outro tipo de ajuda... trás àgua no bico. Vem pedido de certeza.


domingo, 26 de abril de 2020

O que não se encontra no supermercado

Primeiro foi a loucura do papel higénico, da comida enlatada... depois havia quem se queixasse que não encontrava queijos específicos como a burrata, a mozzarella ou o Boursin. Continua a loucura com o fermento de padeiro (ainda não me aventurei nesta matéria).

O que realmente ando a tentar comprar desde que começou esta loucura é... pipocas para fazer no micro-ondas. Não havia em lado nenhum. Então pus o cérebro a funcionar... e fui a um Pingo Doce numa zona com menor poder de compra. Aí encontrei tudo: as tão procuradas pipocas (só havia salgadas), mini-mozzarellas, as amêndoas da Páscoa que adoro com canela (que não tinha encontrado antes da Páscoa). Pois os consumidores deste supermercado gastam o seu dinheiro no essencial e não em coisas supérfulas.

sábado, 25 de abril de 2020

Coisas que deixaram de fazer sentido na quarentena

A lista ainda é extensa, e de certeza que me vou esquecer de alguma coisa:

- Usar sapatos. Passo dias a fio descalça, e quando tenho que calçar uns ténis (sapatos/ botas nem pensar) para sair uma vez por semana, os meus pés ressentem-se. Aliás a indústria do calçado é uma das muitas afectadas com esta pandemia.

- Pôr gasolina. Não me lembro da última vez que fui à bomba de gasolina mas com toda a certeza foi antes da quarentena começar.

- Ouvir o trânsito. Primeiro porque não há e depois porque não saio de casa.

- Ver a meteorologia.

- Pôr perfume e/ou desodorizante.

- Preparar marmitas e lanches para o dia seguinte.

- Tirar fotografias. Fiz um post em que disse que o marido fez um álbum digital da Hoffman, desde Janeiro de 2013 até Dezembro de 2019. Quando fizermos o próximo album fotográfico o ano de 2020 vai ser o mais curto da história (o que acaba por ser irónico), porque simplesmente não há fotos de nada.

O que é que falta nesta lista?


sexta-feira, 24 de abril de 2020

Alegria de quarentena

Descobrir que a minha mercearia de bairro finalmente reabriu.

Quem vê esta mercearia por fora, não dá nada por ela mas depois entra e tem legumes e fruta fresca maravilhosos (com cheiro e sabor, e que dura mesmo muito tempo sem se estragar), pão óptimo e barato (um pão de mafra custa 0,95€), queijos óptimos (que não encontro em mais lado nenhum e que sempre que tenho eventos cá em casa fazem o maior sucesso) ou produtos que existem nos outros supermercados mas que aqui são muito mais baratos. Por exemplo? Um pacote de Filipinos na mercearia custa 1€ e no Continente e outros supermercados custa 1,60€. Sim, leram bem.
Têm ainda uma lista infindável de peixe congelado, que vendem ao peso, mas ainda não me aventurei... Vai ser nesta quarentena!

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Aula de ginástica das boas para glúteos e pernas

Descobri esta aula no youtube e recomendo para quem quer trabalhar glúteos e pernas.
Eu fiz sem elástico porque não tenho e mesmo assim... senti que trabalhei!

Animem-se, a operação bikini 2020 is still on!



E acabei de ver que a senhora tem toda uma panóplia de vídeos maravilha! Vou experimentar!
Ando com muita energia acumulada... preciso de fazer alguma coisa para não ficar maluquinha.
Comer como se não houvesse amanhã não está na minha lista de soluções...

Se conhecerem outras aulas gratuitas boas no youtube, pff partilhem!

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Cortei o cabelo em casa

Quando estamos em quarentena (de repente já estou a normalizar) temos tempo para pensar em tudo. Ando há séculos a pedir ao marido para me cortar o cabelo mas está sempre a fugir ao pedido. Já não estava a aguentar e ontem antes de me deitar fui ver tutoriais para cortar o cabelo. Escolhi o que vemos abaixo pq tenho um cabelo mais ou menos semelhante.

Hoje segui à risca o tutorial e acho que correu bem. O marido diz que o cabelo está direito atrás.
Agora fiquei com vontade de cortar mais curto o cabelo. Espero que me consiga controlar até acabar a quarentena.

Que isto acabe depressa antes que eu faça asneira!


terça-feira, 21 de abril de 2020

Só para quem tem telefone fixo e pelo menos 65 anos

Muitas marcas têm sido muito inteligentes, e têm sabido trabalhar nestes tempos de quarentena.
A Oysho, por exemplo, vai ficar no meu coração para sempre por oferecer aulas de yoga (entre outro tipo de aulas), com bons professores. Todas as semanas, em directo. Este fim-de-semana até vão ter um especialista qualquer a ensinar a fazer pão como deve ser!

O Licor Beirão lançou uma campanha muito cómica só para pessoas que têm telefone fixo, ou seja, os nossos pais e avós, e só para maiores de 65 anos. E o objectivo nobre é que fiquem em casa! Quem ficar em casa ainda se habilita a ganhar uma garrafa de Licor Beirão, só precisam de atender o telefone. Não precisam de responder a perguntas complicadas ou levar com os gritos matinais da Cristina...


segunda-feira, 20 de abril de 2020

Ter doces em casa

É uma questão que não é unânime nas famílias deste mundo.
O meu único vicío são os doces (por opção, não fumo, não bebo bebidas alcoólicas e não bebo café), e quando o marido, já em quarentena, decide unilateralmente que vamos deixar de ter doces em casa, eu ia tendo um fanico.

Eu não como em grande escala, preciso apenas de um chocolatinho do tamanho daqueles que estão junto às caixas registadoras. Só um bocadinho para acalmar o vício.

E portanto naquela ida mítica ao supermercado para comprar pão decente cá para casa, abasteci-me também de açúcar. A saber: mini-magnuns de framboesa, bolachas de chocolate, tarlets, kit-kats de chocolate preto, 1 crunch e 1 pacote de gomas. Como se o mundo fosse acabar. Nunca tinha comprado tantos doces de uma vez só, e a razão é simples, não sei quando vou poder ir ao supermercado uma próxima vez. Basicamente é isto.

Até ver o stock ainda não acabou. Só preciso do conforto de saber que se precisar de um doce, ele está lá.

domingo, 19 de abril de 2020

O que quero fazer durante a quarentena

Há coisas que arrastamos há anos... no meu caso há mesmo muito tempo que quero fazer a sobremesa favorita do marido, e nunca fiz, porque as receitas metiam sempre folhas de gelatina, um terror se não fizermos bem a receita.

Pois é nunca fiz um cheesecake na vida mas hoje descobri um maravilhoso (sem folhas de gelatina) na página do casal mistério, que é saudável (para mim este nunca é um critério para fazer uma sobremesa) e que tem óptimo aspecto, faz-se em 15 minutos (acho que vou demorar mais tempo a encontrar os ingredientes no supermercado) e parece que toda a gente gosta!

Da próxima vez que for ao supermercado vou comprar estes ingredientes esquisitóides (farinha de amêndoa, stevia e coisas que tais) e depois mostro o resultado final...

A outra sobremesa que sempre quis fazer e que adoro é Pavlova, mas esta é ainda mais complicada de fazer, se descobrir uma receita boa e rápida experimento em breve!

Vamos lá ver se é desta que me aventuro nestas receitas novas.

O link para o cheesecake maravilha está aqui.

Se alguém tiver uma receita de Pavlova boa e rápida pff partilhem!






sábado, 18 de abril de 2020

Oprah a enfardar

Sigo meio mundo no Instagram (mais precisamente 575 contas) e uma delas é a da Revista da Oprah (pessoa que não precisa de apresentações) e esta senhora de vez em quando lá aparece numa foto agarrada a um cabaz de legumes, ou a um molho de brócolos da sua horta... que obviamente tem tudo. Digam um legume, que há lá de certeza.

O que eu imagino sempre que vejo uma foto destas é que a nossa querida Oprahinha agarra-se aos legumes para a foto, tudo muito giro e saudável. E assim que a sessão fotográfica termina... atira-se a uma travessa de frango frito, cheia de molhanga, a acompanhar com batatas fritas, e para sobremesa donuts com uma cobertura de chocolate.

E tenho muita vontade de rir.
Podia dar-me para pior.





sexta-feira, 17 de abril de 2020

8 de Maio

Apesar de há muitos anos ter uma doença crónica ainda não me habituei a ir ao hospital receber o tratamento intravenoso. Umas vezes vou na maior, outras já vou de lágrimas nos olhos quando me estou a aproximar do hospital.

Quando era miúda tinha muitas ideias pré-concebidas dos adultos e uma delas era que os adultos eram uns resolvidos, não choravam com nada, nada era problema, não sei... talvez porque tenho o exemplo da minha mãe, nunca nada a mandou abaixo, tinha uma coisa definida na cabeça, e fazia, no matter what... É super cliché mas a minha mãe é mesmo espetacular e não sei onde vai buscar tanta energia mesmo já tendo 74 anos! Sou a pessoa mais sortuda do mundo, calhou-me a melhor mãe, mesmo!

Se as idas ao hospital nem sempre eram fáceis agora com a Covid-19 a coisa piorou (quando eu acho que já não pode piorar... piora sempre)... Pois é... dia 8 de Maio vou ter que ir ao meu hospital público receber o meu tratamento, e vou estar praticamente uma manhã numa sala cheia de pessoas a receber tratamento. Temos literalmente 1cm de distância entre cada cadeira, de cada paciente...

Tenho hiperventilado bastante só de pensar neste dia... e só por isso é que o mês de Abril vai passar a voar. Que alguém me proteja neste dia...

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Histórias peculiares em tempo de Covid

Isto de ler notícias como se não houvesse amanhã tem o lado bom e o mau. O lado bom é que fico a par das histórias mais insólitas, que aqui partilho com vocês:

Temos a história do casal recém casado que foi passar a lua de mel para as Maldivas e ainda não conseguiu sair de lá. Ver a notícia aqui.

Motoristas que transportavam material de protecção para Portugal foram perseguidos na Bélgica. Parece que agora o mercado negro faz-se de máscaras, luvas, gel desinfectante... Material de protecção vale ouro nos dias que correm. Ver notícia aqui.

Nas ruas de Nápoles habitantes prendem cestas nas suas com comida, para dar a quem mais precisa. Um gesto espetacular. Notícia aqui.

Lembram-se quando a polícia mandou parar todos os carros na Ponte 25 de Abril? A melhor desculpa de todas foi a de um condutor que disse que "ia levar bolos à chefe". Really? Claro que foi mandado para trás. Os Portugueses têm uma lata... Esta notícia saiu na Sábado mas como foi na edição papel, não encontro online.

Trump insistiu que o comunicado conjunto do G7 se referisse ao Coronavirus como "Wuhan virus" e por essa razão cada país acabou por fazer um comunicado individual, por não concordar com esta ideia parva do presidente americano. Notícia aqui.

Tenho lido mesmo muito e apesar de tudo, as notícias também me têm feito muita companhia. Percebo que a maioria das pessoas opte por ver cada vez menos telejornais, ler cada vez menos notícias mas a mim dá-me segurança. Sinto que estou a par de tudo. 

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Covid-19: O que mudou nos hábitos de compra dos consumidores

Este gráfico é baseado no mercado americano mas se provavelmente existir um para o mercado europeu parece-me que será muito semelhante. Achei que seria interessante partilhar convosco.

Identifico-me bastante com este gráfico, nas luvas descartáveis, não comprei a máquina do pão mas passei a comprar muito mais farinha, não desatei a comprar comida enlatada (não comprei mesmo nenhuma), mas passei a fazer exercício físico em casa e estou a pensar seriamente em comprar uns pesos e um tapete de yoga (caso o meu pai não tenha esta traquitana por casa para me emprestar), e por fim o detergente para a loiça. Eu não sei como é que é por aí, mas agora cá em casa enchemos a máquina da loiça dia sim, dia não. A rezar para que não avarie agora!

Quer queiramos, quer não os nossos hábitos mudaram e isso obviamente reflecte-se na hora de comprar.

Se quiserem ler a notícia, está aqui.


terça-feira, 14 de abril de 2020

Comprar roupa online em tempo de Covid

Tenho resistido muito a comprar roupa online, porque só de pensar que não me gosto de ver e tenho que trocar (e o processo não é propriamente simples) e a ideia de me meter nos Correios para fazer uma devolução é só absurda. Não só devolvo a roupa como ainda trago Covid... é parvo.

Não estou propriamente a precisar de roupa, então macacões tenho mais de 30 (sim leram bem) e agora que estou em casa tenho usado muito as mesmas peças de roupa. Não me apetece sujar roupa a torto e a direito.

Mas com tanta promoção cedi à tentação e comprei um macacão na Mango. Estava a precisar de um presente, é o que é. E a peça serve na perfeição, parece que foi feita para mim.

A nova aquisição vai ser estreada dentro de casa (que vontade de rir), num webinar que vou fazer esta semana, para os alunos da faculdade onde trabalho. Vou falar durante um minuto para fazer a apresentação da empresa que vai estar em directo para os nossos alunos durante 30 minutos e, só vou aparecer dos ombros para cima, mas isso agora não interessa nada. Ai que vontade de rir...

A aquisição é a da foto abaixo. Lindão, não é?




segunda-feira, 13 de abril de 2020

Comida da mãe

Nos últimos tempos passei a ser eu a ir dizer olá à minha mãe, passo lá por casa, leia-se pela porta da rua, para ver se está tudo bem. Já andava com saudades, e não ando propriamente a enfiar-me no meio de multidões. É bastante seguro, porque não passa ninguém na rua, e é uma localidade muito calma.

A minha mãe perde a cabeça e manda-me exageros de comida... da última vez mandou favas, sopa e jardineira. E ainda pediu desculpa porque não teve tempo para fazer uma salada. Really?

Na sexta-feira santa mandou torta de cenoura, arroz doce, ferrero rocher mais uns coelhinhos da Páscoa e sopa.

E ao contrário da minha mãe que é uma excelente cozinheira, de tal forma que há coisas que só como feitas pela minha mãe, eu não gosto de cozinhar e não vejo melhorias mesmo com a quarentena...

Ai quem tem comida da mãe, tem tudo.






domingo, 12 de abril de 2020

Concerto de Andrea Bocelli em Milão

Hoje deu ao vivo o tenor Andrea Bocelli a cantar dentro do Duomo em Milão e à entrada do mesmo, completamente sózinho.
Muito bonito, de arrepiar mas fiquei deprimida. E pela primeira vez pensei que nada vai ser como antes. O que teve uma ajudinha grande ter visto o programa do Fareed Zakaria, onde entrevistou vários economistas, e o cenário é negro. Bom, ignorem-me e vejam o concerto.


Monólogo em repeat na minha cabeça

Tenho uma doença crónica há anos e quem não sabe, não é perceptivel em nenhum momento do meu dia-a-dia. Levo uma vida super normal tirando a parte que tenho que tomar medicação todos os dias e que de 2 em 2 meses tenho que ir ao hospital receber o medicamento principal. 

Desde o 1º dia que me foi diagnosticada esta doença que tomei a decisão de não falar no assunto, porque na realidade não há nada para dizer. É crónica, é para sempre, não há muito mais a fazer. E portanto instruí família e amigos a não me perguntarem sobre o assunto porque para mim o melhor remédio é não me lembrar que existe.

Pela primeira vez sinto que isto de fazer parte de um grupo de risco é lixado, e que de dia para a dia preocupa-me. Desde que começámos a quarentena tenho lido muitos mais jornais e visto ainda mais notícias. E quanto mais informada...pior...

Morro de medo de ser infectada, de o meu sistema imunitário não funcionar, e que estando internada num hospital que os médicos tenham que decidir entre mim e outra pessoa para ter direito a um ventilador. E lá imagino eu a minha conversa com a médica (não sei porquê imagino que é sempre com uma médica) a suplicar-lhe para me escolher a mim, porque tenho dois filhos pequenos para criar.

Estou sempre a ter este monólogo na minha cabeça.
É tramado. Muito tramado. 

Pela primeira vez não me sinto "igual" aos outros.


sábado, 11 de abril de 2020

A 1ª coisa que vou fazer quando acabar a quarentena

Logo a seguir a estar com os meus pais.

Calço uns chinelos de praia, visto um vestido branco de algodão e vou a correr para a praia de Tróia feita louca. A imagem de mim a mergulhar no mar não me sai da cabeça. Está em repeat. Os pés a tocar na areia, o sol a aquecer-me a pele, o cheiro intenso da vegetação das dunas... Parece que foi noutra vida!

E vocês o que vão fazer?




sexta-feira, 10 de abril de 2020

Filme para ver no fim de semana

Nunca tinha ouvido falar neste filme "A minha versão do amor" um título que à partida me poria a correr a sete pés, pois dá a ideia de mais uma comédia romântica da treta, mas não é mesmo. Grande filme e uma mão cheia de bons actores!

Esta é a história de um homem que se apaixona pelo amor da sua vida, no seu segundo casamento... e mais não digo. O trailer não faz justiça ao filme, que é muito melhor.

Deu na TV Cine, para quem tem.

O que dizem os meus olhos

De cada vez que vejo uma pessoa na televisão ou nas revistas que diz ter 41 anos, eu acho sempre que aquela pessoa parece sempre muito mais velha que eu. Que se veste de uma forma muito mais antiquada do que eu... Parece que têm um ar mais carregado.

E isto acontece-me desde sempre.

Sou só eu?





quinta-feira, 9 de abril de 2020

Nunca digas nunca

Eu já devia saber que "nunca" e "sempre" são palavras para ficar na gaveta.
Sempre fui contra a ter uma PlayStation cá em casa, e ainda bem que é tão cara mas... no dia de anos da Beni, uma amiga veio cá dar-lhe o presente em modo quarentena (à distância) e deu uma PlayStation 2, microfones para poder jogar Singstar, uma guitarra para poder jogar Guitar Hero e o jogo da Lara Croft.

Os meus filhos adoraram o presente e eu ando a agradecer a todos os santinhos por ter mais um gadget para os entreter.

Mais um sapinho para a colecção.

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Mimos à distância

Numa das muitas conversas de whatsup, num grupo da família do marido, uma das tias fez uma piada a dizer que a minha filha tinha acabado com o stock de Boursin (um queijo de barrar maravilhoso, para quem não conhece), e que a minha filha também adora.

Esta é uma tia muito especial, que é como se fosse uma segunda mãe para o meu marido. É uma tia espetacular, de quem sempre gostei muito, e que infelizmente também está doente com cancro.

Na tal famosa ida ao supermercado para comprar pão de qualquer cor menos branco... lembrei-me do comentário da tia e fui em busca do tal queijo, não foi fácil, já estava quase a desistir mas lá encontrei.

Quando saí do supermercado, liguei para o filho e informei-o que estava à porta de sua casa e se podia descer. Deixei o queijo em cima do capot de um carro, o Manel quando viu o queijo nem queria acreditar... disse que a mãe andava com desejos daquele queijo há semanas e que estava esgotado em todo lado.

Claro que recebi um telefonema super agradecido. Alguém algures em Lisboa comeu um queijo inteiro ao jantar. Pequenos gestos que fazem toda a diferença.

A embalagem em Portugal é igual à da segunda foto. Esta Tia é mega especialista em queijos já experimentou tudo o que há no mercado, e todas as marcas/tipos de queijo que compro cá para casa são aconselhados por esta tia.





terça-feira, 7 de abril de 2020

Surpresas boas

Sábado de manhã, onze e tal, e tocam à porta. Era uma encomenda para mim. Achei que fosse a única encomenda que fiz desde que estou de quarentena... mas afinal não. Uma amiga muito querida enviou presentes de anivérsário para os meus filhos via Zippy. How cool is that?

O Francisco recebeu uma sweat-shirt do Capitão América e a Beni uma camisola com uma parte de lantejoulas que muda de cor. Achei tão querido!

Sabe sempre bem receber presentes mas nesta altura sabem bem a triplicar.

Atenção ao pormenor do capuz que cobre parte da cara, como uma máscara. O rapazola adorou e até queria dormir com a camisola!





segunda-feira, 6 de abril de 2020

Eu não sou esquisita

Isto de ser o marido a ir 95% das vezes ao supermercado tem os seus prós e contras.
Sou eu que faço a lista mas depois nunca sabemos muito bem o que vem lá. Os sacos das compras viraram cabazes surpresa, que na maioria das vezes são boas surpresas. 

Apesar de ser filha única (acho sempre que de cada vez que digo que sou filha única, que tenho que pedir desculpa) os meus pais não me facilitaram a vida. Lá em casa comia-se de tudo, e com sorriso na boca. A única vez que me lembro de fazer finca pé, com uma sopa de abóbora, a coisa não correu muito bem para o meu lado. Fiquei à mesa horas, e toda uma vida a acontecer à minha volta. Acabei obviamente por comer a sopa em modo gaspacho. Gelada! Isto tudo para dizer que ainda hoje como de tudo, não sou esquisita.

Mas... há uma coisa que sou mais meticulosa na compra: o pão. Não me venham com a conversa que é tudo igual... porque não é. Detesto pão branco desde que me conheço, mas para o bem e para o mal vem sempre parar ao meu prato. Lembro-me de na minha infância o meu pai comprar pães integrais e de eu me deliciar como se estivesse a comer croissants, mas depois chegava ao colégio e tinha que obrigatoriamente comer as carcaças carregadas com manteiga Planta.

Quando a minha filha nasceu (horas antes estava num hotel com o marido já a sonhar com o mega pequeno-almoço que ia ter, e vai daí às 4 e tal da manhã rebentaram-me as águas e lá fui eu para o hospital) às 7 da manhã em ponto, pouco depois lá estava eu a ser presenteada com uma bela carcaça embrulhada numa embalagem de plástico. O marido depois da Beni nascer voltou ao Hotel e foi tomar o seu belo pequeno-almoço, e enviou-me uma foto e tudo.

Ou uma conversa surreal que tive com um empregado brasileiro, num café, quando perguntei qual era o tipo de pão das tostas. E o senhor deu um nó no cérebro.

Isto tudo para dizer que uma pessoa que já me conhece há mais de 20 anos, vive comigo há 11 anos... acha normal trazer um pão branco-lixívia para casa. Ia morrendo quando vi o pão. Não só trouxe 1 mas 2 exemplares. Já me basta estar em quarentena e ainda tenho que gramar pão mau... Não, não vai dar. Um dia depois estava a enfrentar os meus medos de pessoas e micróbios e fui ao supermercado comprar pão como se não houvesse amanhã. Do bom, claro!





domingo, 5 de abril de 2020

Filme para ver no fim de semana (se ainda for a tempo)

O filme "Parasitas" é desconcertante, deprimente, surreal, inesperado.
E vale muito a pena ver. Não se enquadra nem nos canônes do cinema europeu ou americano. É diferente.

Esta é a história de uma família muito pobre que sem querer descobre uma forma de se sustentar... quando achamos que tudo corre sobre rodas...




sexta-feira, 3 de abril de 2020

Os cremes que ando a usar (como se não houvesse amanhã)

Malta eu não brinco em serviço! Isto é a tralha de cremes que ando a usar (vejo agora que me esqueci de fotografar o esfoliante) quando acabar com todas estas embalagens farei o meu balanço.

Para além do feedback que já tinha dado, os únicos cremes que noto alguma diferença são:

- O creme anti-celulite Elancyl: vês que ajuda mas só se praticares exercício físico regularmente e tiveres uma alimentação saudável. Se passares meses a fio no sofá e a enfardar... Aviso já que não faz nada.

- O sérum da Lierac: quando deixo de usar durante alguns dias, as minhas rugas de expressão junto à boca ficam logo mais vincadas. Este sérum funciona mas tens que usar sempre.




E vocês? Que cremes usam e realmente funcionam?


quinta-feira, 2 de abril de 2020

O tempo voa...

Quando te apercebes que a giraça-boazona da série "Saved by the bell" que tu costumavas ver quando eras miúda... faz agora de mãe numa série que os teus filhos vêem na Netflix, "Alexa e Katie".

Dói um bocadinho. Grande!
Lembram-se da Tiffani Thiessen?
Pois é...parece que também se envelhece nos Estados Unidos!





quarta-feira, 1 de abril de 2020

Quem dança seus males espanta...

Esta quarentena é lixada. Estou cada vez mais bipolar. Num dia estou óptima e já acho que me estou a habituar a esta prisão domiciliária. No dia a seguir questiono tudo. Chiça!

Outro truque para não pensar muito no assunto é dançar com os meus filhos. Dançar muito.
Vou ficar profissional de Just Dance e músicas no geral. Nada de músicas de qualidade e eruditas, lamento mas funcionam para andarmos aos saltos.

Algumas das músicas que andamos a dançar por aqui:








Sono, onde estás tu?

Sempre tive a sorte de dormir lindamente, assim que me deitava adormecia ferrada e só acordava no dia seguinte. Até que chegou a pandemia......