terça-feira, 2 de abril de 2019

Regresso às urgências

Já andava com dores há muito tempo (por causa da minha doença crónica) para ajudar à festa andava com sensação de enfartamento, morria de dores a comer, a beber, a respirar. Neste último fim de semana de Março foram as mil festas de anos da Beni (fez 7!). Sexta ida ao supermercado com os miúdos, sábado lanche de família, de sábado para domingo 3 sobrinhos a dormir lá em casa, domingo à tarde festa com os amigos do colégio.
Quando todas estas festarolas acabaram estava de rastos e as dores intensificaram-se. O truque de comer pouco já não funcionava. Chegámos a casa, descansei meia hora e... Já não aguentava mais de dores. Peguei no carro e fui para as urgências do São Francisco Xavier. Pior decisão de sempre. Fui mal diagnosticada, deram-me a pulseira azul (que é literalmente o oposto de muito urgente). Que é mais ou menos que dizer... "está tipa veio passear para as urgências". Esperei horas para ser atendida. E fui atendida pela pior médica de clínica geral de sempre. Médica Carina Nunes. Desde que entrei no consultório foi antipática, desagradável, estava com ar de enfado, foi mal-educada. Eu estava de rastos, cheia de dores, e a levar um sermão da médica porque deveria ter ido ao hospital onde era seguida, depois prescreveu-me um medicamento para as dores de estômago (!?) expliquei que as dores que tinha não eram de certeza de estômago (ficou ofendida e disse que pelos vistos não precisava de uma médica). Comecei a chorar de nervos e cansaço, perguntou-me de forma ríspida porque estava a chorar. Expliquei que estava cheia de dores. Às tantas cansei-me e virei gladiador. Isto era demais. Perguntei com todas as letras e directa ao assunto porque estava a falar comigo daquela forma? Ficou sem resposta.

Mandou-me fazer um raio-x. E depois de mais tempo de espera pelos resultados fui atendida por uma médica civilizada, calma, serena e querida. Mostrou o meu raio-x e disse que estava "muito feio". Fiquei em pânico. Deu-me medicamentos que eu sabia que não iam fazer efeito mas não tinham mais nenhuma outra solução. Fui para casa cheia de dores e em pânico. O medicamento não funcionou.

Dia seguinte às 8 da manhã fui para as urgências do São José. Em modo automático e desanimada lá fui eu. Tive a sorte de ser atendida por uma médica impecável, Dra. Teresa Fevereiro, super educada, calma e eficaz. Ouviu tudo o que disse com atenção, e levou a sério o meu testemunho. Fiz tudo: análises de sangue, urina, raio-x, TAC. Ficou preocupada e disse que provavelmente ia ficar internada (caíram-me as lágrimas), talvez uma cirurgia. Fui vista por mais 3 médicos. Durante este longo dia criei um grupo no Whatsup "Anita vai ao São José" para ir dando novidades ao marido e algumas amigas. Ainda tive direito à companhia de uma amiga, e estávamos no hospital a rir, a contar as histórias mais hilariantes/ sinistras que já nos aconteceram. Marido entretanto apareceu. Fico sempre nervosa quando tenho que ir ao hospital e ele faz todas as perguntas certas aos médicos.
Às 16h30 estava a sair do hospital (afinal não ia ser preciso ser internada ou ser operada) não imaginam o alívio. Ainda tive direito a chauffeur para casa, e companhia na mercearia, às vezes é tão bom ter alguém para nos dar ideias do que comprar para a sopa. A sério não estava com capacidade para pensar.
Sopinha de bebé e frutinha para o jantar.
Por agora em casa a tomar medicação da pesada. E a sentir-me melhor.

Moral da história? Se forem ao São Francisco Xavier espero que não sejam atendidos pela médica Carina Nunes.

Ah! Antes de sair do hospital às 2 da manhã, ainda pedi o livro de reclamações. Sim estava ainda com mais dores, mais cansada... Mas não ia deixar que aquela médica saísse impune. O senhor do guichet nem pestanejou, e eu também não.

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Sono, onde estás tu?

Sempre tive a sorte de dormir lindamente, assim que me deitava adormecia ferrada e só acordava no dia seguinte. Até que chegou a pandemia......