quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Sou a melhor pessoa a contar péssimas novidades

Tenho uma qualidade... que é guardar tudo para mim. E assim fico até não aguentar mais ou não dar mais para esconder (normalmente é a 2ª hipótese). Que foi o que aconteceu com a minha doença crónica. Andei mais ou menos meio ano a "passar as passas do Algarve" (adoro esta expressão) e ninguém deu por nada. A única pessoa que sabia era o meu marido. Tratamentos atrás de tratamentos até que fui internada e aí já não deu para esconder mais. Imaginem o choque que foi para os meus pais, família e amigos.
Num dia está tudo bem e no outro fico internada no hospital 15 dias. Agora imaginem a chatice que foi eu ter que contar... Aos meus pais contou o Filipe.

E como este ano tem sido frutuoso em coisas boas (estou a ser irónica) um belo dia combinei um almoço com uma amiga e contei-lhe tudo de uma vez. Em catadupa. A cara dela foi priceless. Não houve lágrimas só gargalhadas porque nunca tive muito saco para drama ou pessoas sérias.
Quando acabei "o bombardeamento" terminei com "tirando isto, está tudo bem". O almoço acabou à gargalhada. E eu tirei um peso de cima e passei uma tonelada para os ombros de uma amiga.

Agora, de cada vez que falo com a minha grupeta aviso logo que tenho uma má notícia. Que é para não acharem que vem lá coisa boa. E digo sem paninhos quentes. Eu acho que elas tremem de cada vez que sou eu a telefonar...
Ontem ao telefone com uma amiga fiz uma piada que me deixou a pensar... pela sequência lógica das coisas, e tendo em conta um denominador comum em toda esta tragédia grega que é o meu marido... eu sou a próxima na lista.

Vamos lá ver se a minha previsão fatalista se realiza.
Cenas dos próximos capítulos para breve.


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Sempre tive a sorte de dormir lindamente, assim que me deitava adormecia ferrada e só acordava no dia seguinte. Até que chegou a pandemia......