Na passadeira,
à espera que o semáforo fique verde, uma mulher mexe na agenda, enquanto fala
ao mesmo tempo ao telemóvel, e de repente deixa cair uma espécie de papel no
chão.
Fiquei na
dúvida se tinha caído ou se tinha sido atirado para o chão. Apesar da mulher ser
um verdadeiro “armário”, toquei-lhe no ombro com o meu indicador e informei-a
do sucedido.
Resposta
pronta: “Ah, é só uma toalhita, não faz mal”.
Fiquei em estado
de choque.
E disse-lhe
com o ar mais escandalizado do mundo: “Não vai apanhar?”
A mulher-armário
ainda demorou uma fracção de segundos a digerir a minha pergunta e, depois explodiu! Desatou
aos gritos/ berros em plena via pública a dizer que apanhava a toalhita se
quisesse (e a partir daí desliguei, e fingi que estava noutra galáxia).
Entretanto o
sinal ficou verde, eu a morrer de vergonha com aquela mono-peixeirada, e ainda
ouvi “nem te atrevas a olhar para mim, que eu nem sei”. A mulher foi a
praguejar, sempre com o telemóvel ligado, até desaparecer do horizonte.
2 comentários:
é preciso ter mta lata... ainda fica ofendida por ser chamada à atenção!!
Não repito a proeza, até fiquei com as pernas a tremer. Não imaginas como era a personagem...
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