Preenche na perfeição todos os requisitos para eu poder usar uma das expressões favoritas da minha mãe: “Miséria engravatada”.
Por fora parece um centro comercial, tudo muito bem arranjado e equipado, quartos com LCD etc.. etc.. um verdadeiro hospital particular mas… depois falha nos recursos humanos. Um verdadeiro hospital fantasma.
Entrei no piso da maternidade, passando apenas por um segurança, que estava quatro pisos abaixo, ou seja, perto da recepção, e só lhe faltava ter um cafézinho na mão.
Já no 4º piso, toquei à campainha para poder entrar na zona onde estão as mães e os recém-nascidos e abriram-me a porta sem perguntar quem estava do outro lado (a recepção do lado de fora já estava com as luzes apagadas e tudo arrumado, em pleno horário de visitas). Andei com toda a liberdade pelo corredor e espreitei para dentro dos quartos, ao fundo do corredor (?) havia uma recepção onde pedi informações. E finalmente vi a minha prima.
Outro dos indícios de que estava num hospital público é que… o comando da televisão já não existia, porque tinha sido roubado, faltava um cabo à televisão para ligar a um hipotético DVD, porque tinha sido roubado, e em muitos quartos já não havia a banheira para dar banho ao recém-nascido, porque tinha sido roubada… E outro tipo de roubos não acontecem porque não calha.
Alguém só vai ao Hospital de Cascais por puro desconhecimento.
Um diário das minhas peripécias com o F., o Francisco, a Benedita, os amigos, a família e os estranhos. Ou como disse uma amiga minha o blog das aventuras da R. Espero que se divirtam a ler... tanto como eu a escrever.
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