sábado, 31 de março de 2012

Não é como nos filmes

Às 4 e tal da manhã rebentaram-me as águas. Mas o começo foi discreto, fiquei na dúvida. Disse ao F. que também achou que ainda não era a altura. Continuava a perder água. Agarrámos no portátil e fizemos pesquisa na net sobre o assunto. Continuei a perder água. Disse ao F. que não ia ficar descansada e sugeri passarmos no Hospital de Cascais só para tirarmos as dúvidas…
Vesti-me para darmos um saltinho rápido até ao hospital. E assim que estou pronta para sair fico com as calças completamente molhadas.
Ok estava decidido, íamos para o Hospital de Santa Maria, onde queríamos que a Benedita nascesse. Mudei de roupa. Levei uma toalha turca emprestada do hotel. No caminho fomos a ouvir Florence and the machine. Comecei a ter contracções. Continuava a perder água.
De Cascais a Lisboa chegámos ao hospital no tempo record de duas músicas. Entrei nas urgências pelo próprio pé, a pingar água para dentro das botas. Muito agradável.
Não se via vivalma nas urgências e o segurança disse-me para esperar. E obviamente que não esperei. Comecei a espreitar para dentro das várias salas à procura de alguém. Encontrei uma auxiliar/enfermeira (já não me recordo) e expliquei o sucedido. A médica foi super querida e tentou despachar o meu processo o mais rápido possível para que pudesse ir para o piso dos partos. Já estava com 3 dedos de dilatação. Mas tive o azar de me calhar uma enfermeira (que estar ali ou numa caixa de supermercado era igual) e estava completamente indiferente à minha dor. As contracções aumentavam de intensidade. E a burra da enfermeira a perguntar-me tudo 30 vezes… repeti o número de telemóvel, a morada etc… etc… cheia de dores. Uma idiotice pegada.
Com o processo pronto, e vestida a rigor com dress code do hospital, a auxiliar levou-me de cadeira de rodas para o piso dos partos. E o F. acompanhou-me. As enfermeiras informaram o F que ainda faltava 30 a 45 minutos para o bebé nascer e ele foi a nossa casa buscar as malas para a maternidade.

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Sempre tive a sorte de dormir lindamente, assim que me deitava adormecia ferrada e só acordava no dia seguinte. Até que chegou a pandemia......