Num dos jantares com os amigos do Porto, o empregado que nos calhou…
A fazer o pedido, um dos pratos que escolhemos foi porco preto com amêijoas e castanhas. Um minuto depois de ter anotado tudo, o senhor volta e diz que já não tem amêijoas, dizemos que não há problema, e o senhor explica que as amêijoas tem que ser frescas, e que vai ligar para lá a perguntar quando é que tem amêijoas frescas, e que garantido hoje e amanhã não vão ter amêijoas, talvez na quarta, na quarta é bem possível. Enfim fomos bombardeados com o percurso da amêijoa, desde que sai do mar até que chega ao prato.
Por debaixo da mesa fazia sinais ao F., que já não estava a conseguir disfarçar a vontade de rir (chegou ao ponto de olhar fixamente para a toalha da mesa, e a fazer riscos imaginários com o dedo).
Mas não ficou por aqui… quando chegou a minha sobremesa, uma tarte de limão, pedi que me desse antes uma colher pequena, ao invés do garfo que trazia.
Resposta do empregado: “Vai comer essa sobremesa com colher?”
Resposta: “Sim, queria uma colher sff”. Trouxe a colher resignado.
No fim não bebemos café no restaurante, queríamos beber na esplanada, e enquanto não trouxe a conta tentou impingir café vezes sem conta.
Enfim um empregado bem castiço.
Um diário das minhas peripécias com o F., o Francisco, a Benedita, os amigos, a família e os estranhos. Ou como disse uma amiga minha o blog das aventuras da R. Espero que se divirtam a ler... tanto como eu a escrever.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
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3 comentários:
É suspeito TU teres mais uma vez um empregado "castiço". Serão todos "castiços" ou todos os que o são calham-te a ti?!
Hoje tiras as dúvidas com o F.
A cada dia que passa, cada vez mais acredito que atraio todos os "castiços" de Portugal e arredores.
Para defender a honra da minha dama, devo dizer que, para além de ser tudo verdadede,verdadinha, ainda se esqueceu de referir um pormenor: quando pedimos a lista das sobremesas, o empregado disse "o que temos está ali", com um ar do tipo "daaa". Convém esclarecer que o "ali" era a vitrine embaciada a mais de 5 metros dos nossos olhos, que na altura estavam sem os óculos.
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