domingo, 24 de fevereiro de 2008

Falar

Ao contrário do que é normal nas crianças, eu comecei primeiro a falar e depois a andar. E a partir daqui estabeleci as minhas prioridades… tinha mesmo (e tenho) muita coisa para falar e é uma coisa que me dá um prazer imensurável. Quase que posso dizer que é um vicio, o que ás vezes é um problema, as pessoas perguntam-me “então como é que foi o teu dia hoje?” e eu começo a responder e nunca mais acabo. Conclusão, se calhar a pessoa do outro lado também gostava que lhe perguntasse “ e o teu dia como é que foi?” mas muitas vezes esqueço-me de fazer a pergunta…
Agora quando fui a Amesterdão e estava a entrevistar o Presidente da tal empresa que visitei, ele disse: “o meu pai sempre me disse, tens três ferramentas de trabalho muito importantes, os ouvidos, os olhos e a boca para fazer perguntas”. E de facto, se pensar no que ele disse, ver só vejo bem com os óculos, e por isso o mundo passa-me um bocado ao lado (o F. está sempre a protestar que nunca vejo nada, e com razão), e quanto à boca uso mais para dar respostas do que para fazer perguntas… e por isso os ouvidos acabam por não ter a utilização mais acertada (tendo em conta este ponto de vista).
Portanto fica aqui escrito que vou tentar ouvir mais e falar menos. Vou tentar. E se em conversas tão triviais como a acima mencionada, eu não fizer a pergunta óbvia, é favor dizerem “nem sabes como é que foi o meu dia”… porque pode não parecer mas quero saber.

1 comentário:

Mary disse...

Ah ah ah! Reconheci essa do "como foi o teu dia?"!
E hoje fui eu que não tive tempo de te responder, mas ficou a intenção de perguntar.

Sono, onde estás tu?

Sempre tive a sorte de dormir lindamente, assim que me deitava adormecia ferrada e só acordava no dia seguinte. Até que chegou a pandemia......