A minha mãe precisava de fazer vários exames de rotina só para ver se estava tudo bem. A única questão é que eu já sabia que ia arrastar as análises, e acabar por não fazer porque foge dos médicos como o diabo da cruz.
Para ter a certeza que fazia tudo, voluntariei-me para realizar os mesmos testes, assim tinha companhia e não haveria desculpas para se “esquecer”. Fizemos de tudo, análises de sangue, urina, cardiogramas… a lista nunca mais acabava.
Chegou o dia de mostrar os resultados à médica de família, a minha mãe com 60 anos estava fantástica e eu nem por isso. Quando a médica vê o meu cardiograma diz com o ar mais normal do mundo: “você tem a doença do Féher”. Lembram-se do jogador do Benfica que faleceu em pleno jogo? Esse.
Fiquei para morrer (foi a melhor expressão que encontrei…). Estava cheia de vontade de chorar, e não sei como é que aguentei sem deixar cair uma lágrima durante a maldita consulta.
A Doutora deve ter percebido pela minha cara que não estava a achar graça à novidade, e então decidiu dizer que também não era caso para preocupação, teria apenas que fazer exercício físico mais leve, não me esforçar tanto, enfim acalmar. Eu? acalmar?
E de facto era a pior coisa que me podiam ter dito, não consigo estar parada, não gosto de estar parada…e só queria sair daquela sala. Fui a chorar até casa.
No próprio dia estava a ligar para um amigo do F. que é cardiologista para ver o que é que ele dizia, mas ele aconselhou-me a ser vista “in loco”.
Uma semana depois estava num especialista, num cardiologista, que viu os meus testes e disse que eu estava óptima, que não percebia porque é que a minha médica tinha dito o que disse.
Num dia estou a morrer e noutro pronta para correr a meia-maratona.
Um diário das minhas peripécias com o F., o Francisco, a Benedita, os amigos, a família e os estranhos. Ou como disse uma amiga minha o blog das aventuras da R. Espero que se divirtam a ler... tanto como eu a escrever.
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