sexta-feira, 28 de março de 2008

Transformers

O F. é a pessoa mais calma que eu conheço, é muito raro chatear-se com alguma coisa porque quando o problema está a chegar ou eu estou a stressar ele racionaliza tudo, e por essa mesma razão não se enerva desnecessariamente.
Mas há uma excepção, quando o F. entra no carro transforma-se… assim que põe as mãos no volante muda tudo. O F. que estava fora do carro não é o mesmo que está lá dentro.
Irrita-se por tudo e por nada, irrita os outros condutores por tudo e por nada, entra em picardias, despiques, vale tudo até arrancar olhos. Rasas aos carros, sinais de luzes, gestos simpáticos, expressões faciais que nem consigo descrever, acelerações e ultrapassagens para ver quem é que fica à frente. Isto comigo sentada ao lado.
Nunca ninguém acreditou em mim, que eu era exagerada, que não devia ser bem assim… até ao dia que um amigo do Porto, que estava à nossa boleia, viveu na primeira pessoa uma picardia na segunda circular, e ficou a morrer de medo. A cara dele de espanto era digna de fotografia. Eu também fiquei bastante nervosa.
Já tivemos de tudo… um despique na marginal com um carro cheio de rapazes com “bom aspecto”, um homem que saiu do carro e deu um murro no vidro do nosso carro, ou então condutores que decidem perseguir o F. até à exaustão, como aconteceu ainda esta semana, para lhe perguntar o que é que lhe passou pela cabeça.
E como ninguém vai acreditar neste post, posso escrever à vontade sem censura.

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Sono, onde estás tu?

Sempre tive a sorte de dormir lindamente, assim que me deitava adormecia ferrada e só acordava no dia seguinte. Até que chegou a pandemia......