quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Máquina fotográfica digital

Foi dos melhores presentes que recebi até hoje, assim do nada, sem nenhuma data especial a assinalar, basicamente porque sim. Nunca tinha dito que queria uma máquina fotográfica, mas no meu inconsciente sempre desejei ter uma. E o F. leu os meus pensamentos.

Desde esse dia, que não me lembro bem quando, uns dias antes de ir para Amesterdão, comecei a fotografar desalmadamente e nunca mais parei. Não é por acaso que já ganhei um apelido novo: Tanaka.

Posso dizer que quase toda a gente já entrou na minha máquina. Há de tudo: o vídeo filmado às escuras no Vondel Park, a evolução das "minhas grávidas", a Marisa Fadista às compras nas Amoreiras e até os pontos que o M. teve na boca, após uma operação simpática ao siso.

Isto porque tenho uma maneira diferente de olhar para o acto de fotografar, só fotos de pessoas a sorrir não tem graça. Nada contra a felicidade. Mas por mim fotografava tudo. Tudo mesmo.

O exemplo do avô do F. para mim é perfeito. Há muitos anos atrás, o pai do F. teve um acidente durante a guerra em África, e foi parar ao hospital. Ligaram para casa da família a informar o que acontecera. E assim que o avô do F. desligou o telefone, pegou na máquina fotográfica e de filmar e apanhou o primeiro avião que conseguiu. Esta foi a sua preocupação. Captar o momento. Não pensou "ah, se calhar o meu filho não vai achar muita graça" (que não achou, segundo consta) porque só pensou em gravar aquele bocadinho de história.

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Sono, onde estás tu?

Sempre tive a sorte de dormir lindamente, assim que me deitava adormecia ferrada e só acordava no dia seguinte. Até que chegou a pandemia......