quarta-feira, 31 de julho de 2013

Medo do escuro

Se há coisa que tenho é medo do escuro. Até na minha própria casa, quando a meio da noite tenho que me levantar para ir acalmar os meus filhos que estão a chorar. Mas aqui no hospital tive mesmo que combater esta parvoíce. Não tive outra hipótese.

O hospital onde estou internada é de 1800 e tal (não, não é uma metáfora, é mesmo esta data), portanto é o cenário perfeito para um filme de terror. À noite desligam todas as luzes da nossa ala, e no corredor ficam apenas 2 luzes de presença minúsculas instaladas nos rodapés, mais as luzes das casas de banho dos homens e mulheres (que é no fim do corredor, pois claro!).

Duas das noites que passei em claro, fui-me sentar nas cadeirinhas à porta da casa de banho das senhoras para conseguir ler, e passar o tempo. Agora imaginem, uma das minhas coleguinhas de quarto apanhou um susto comigo, porque quando virou a esquina do corredor para o wc, estava lá a múmia da Raquel de perna cruzada a ler um livro.

Para castigo, aconteceu-me o mesmo. A única diferença é que era um homem, de pijama, com ar acabrunhado, sentado lá no dito banquinho, à porta da casa de banho das mulheres (quando o wc dos homens é o penúltimo no corredor). Morri de medo. Mas tinha mesmo que ir à casa de banho, e entretanto ouvi os passos do homem a afastar-se.

Acho que depois desta, estou pronta para ser guarda nocturno!

2 comentários:

Mary QA disse...

Bela inspiração para escreveres um policial.

Raquel disse...

Tempo não me falta!

Sono, onde estás tu?

Sempre tive a sorte de dormir lindamente, assim que me deitava adormecia ferrada e só acordava no dia seguinte. Até que chegou a pandemia......